terça-feira, 19 de julho de 2016

Olá amigos e amigas  que gostam de literatura. A partir de hoje postarei uma sequência de textos que chamarei de EU E OS LIVROS. Falarei sobre a minha ligação com eles, ao mesmo tempo em que vou fazendo pequenas resenhas que servirão, quem sabe, de dicas de leitura para os amantes dos livros. Espero que gostem.

              EU E OS LIVROS

Sempre gostei de ler. Desde menina. Gostava de ler gibis. Tio Patinhas, Mônica, Bolinha e toda a sua turma, assim como livros de histórias de príncipes e princesas. Adorava brincadeiras de rua com meninas e com meninos. Brincadeiras de rua mesmo. Peladas de campinhos. Barra bandeira. Mocinho e artista; mas ler era o que eu mais gostava de fazer.
 Pré-adolescente, comecei a ler “Folhetins de Romance Moderno” revista da época e “Novelas em quadrinho”. A literatura faz parte de minha vida desde sempre. Até hoje só louca por novelas. Mocinha já, e estudando em colégio de freiras, uma de minhas professoras notou meu interesse pela leitura e me incentivou a gostar ainda mais de ler. Irmã Fabíola era o nome dela - professora de matemática, imaginem só, nada a ver com Letras não é mesmo? Enfim, ela começou a me emprestar livros. Ao perceber que gostei do primeiro não deixou que eu parasse mais. Não me dava trégua. Quando eu devolvia um, ela já vinha com outro na mão como se já houvesse feito uma seleção prévia dos livros que eu leria daí em diante. E eu gostava. Ah! Como eu gostava. De lá para cá foram muitos. Muitos livros eu já li em minha vida. Podem crer.
Quando deixei o colégio e não me beneficiava mais dos seus empréstimos e já casada, recorria às livrarias quando o dinheiro dava – livros sempre foram caros. Mas aí, descobri os “sebos” que se tornaram o meu lugar preferido para catar livros. Uma coisa da qual me arrependo todos os dias é de não ter tido a ideia de fazer uma lista com o nome e o autor de cada um que li. Pelo menos isso eu deveria ter feito. Não vou usar o termo catalogação pois não tinha nem noção do que seria isso. Minha preocupação naquele momento era apenas sentir o prazer de lê-los.
Abrir um novo livro é sempre um momento especial para mim. Sempre acompanhado de um ritual. No momento em que o livro se encontra em minhas mãos, a vontade de começar a lê-lo é imediata. É como se eu estivesse com uma sede ou uma fome sem fim de palavras. Mas nunca deixo de praticar meu ritual que é: abri-lo, cheirá-lo – parece estranho não? – mas é isso mesmo, cheirá-lo, principalmente, se for relativamente velhinho; por que adoro livro com cheirinho de velho. Mania de leitores. Num segundo momento, passo à primeira folha onde só aparece o nome do livro e leio-o mais uma vez. Viro a página, passo à segunda folha e leio quem o revisou, quem o diagramou, se tem ISBN, qual a editora que o publicou, o ano de publicação e o número de páginas. O número de página é muito importante pra mim. Quanto mais volumoso, mais pesado, melhor me apraz. Aí, passo para as orelhas esquerda e direita. Nunca leio um livro sem fazer isso primeiro. Adoro prefácios. Leio a dedicatória, os agradecimentos, enfim, nada fica de fora. Nenhuma letrinha. Leio todas as letras que formam as palavras que vão me deliciar, me encantar e me emocionar naquele livro.
Porque é isso que os livros fazem comigo: me emocionam, me transformam, me enriquecem e me deleitam. Faço todo esse ritual para adiar o começo da leitura porque sei que quando começo a ler a primeira página e o primeiro capítulo vou tomando consciência de que as páginas começarão a diminuir. Então tento ler devagar, saboreando cada palavra e cada frase; sorrindo para mim mesma, às vezes chorando também, quando me identifico com alguma passagem ou com algum personagem e continuo “economizando” ao máximo as palavras na tentativa de a leitura demorar mais e mais até chegar ao capítulo final.
Como lamento quando acaba!
As horas passadas lendo um livro são momentos imprescindíveis na minha vida. Livros são para minha alma como o alimento é para meu corpo. Impossível viver sem eles. Como seria bom se as pessoas se conscientizassem das maravilhas e da importância de se ler um bom livro. Se os pais lessem e desenvolvessem também em seus filhos o gosto pela leitura, tenho certeza de que o mundo seria bem melhor.
           Janeiro de 2014, mês de férias e com mais tempo livre, pensei em começar a listar os livros que com certeza vou continuar lendo - até a catarata se apoderar de minhas retinas – e, procurar, na medida do possível, fazer uma reflexão, uma pequena resenha..
O primeiro livro que li naquele ano “Quando você voltar” livro escrito por Kristin Hannah onde ela constrói uma apaixonante história de cumplicidade, heroísmo e, acima de tudo, esperança. O livro conta a história de um casal que não resiste às pressões do dia a dia e veem seu relacionamento de doze anos desmoronar. Tipo de leitura que deve ser lido por todas as pessoas, uma vez que a autora relata um drama pungente, forte, tocante e comovente despertando no leitor emoções fortes, tamanha a riqueza de sentimentos que escapam de suas páginas.
O segundo livro que li foi “O Silêncio das Montanhas” cujo autor Hosseini Kalled - o mesmo do maravilhoso “O Caçador de Pipas,”- conta a história de dois irmãos: Pari e Abdullah, os quais moram em uma aldeia distante de Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando com isso o destino de vários personagens. Segundo o próprio Hosseini, o novo título “fala não somente sobre a minha própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas também sobre a experiência de pessoas que eu conheci, especialmente os refugiados, que voltaram ao Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam amar os personagens de “O silêncio das montanhas”, tanto quanto eu os amo”, palavras do autor. Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo – de Cabul a Paris, de São Francisco à Grécia –, a história se expande tornando-se emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar. Um livro que não pode deixar de ser lido por quem é amante da literatura.
 Xauxau . Até o próximo......

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