Aqui você vai encontrar dicas de leitura , publicação de textos e divulgação de livros
sábado, 6 de agosto de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
segunda-feira, 25 de julho de 2016
domingo, 24 de julho de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
Continuação de
EU E OS LIVROS
Inesquecível, apaixonante, capaz de nos fazer pensar e chorar. Fiquei tão tocada por esses livros que resolvi reler também - desse mesmo autor e que já fazia parte de minha biblioteca há anos - “O Caçador de Pipas” que dispensa comentários, uma vez que segue a mesma temática de “O Silêncio das Montanhas”, onde todos os grandes temas da literatura e da vida são a matéria com que o autor tece este romance extraordinário: amor, honra, culpa, medo e redenção.
O terceiro livro do ano foi uma releitura do maravilho “Tomates verdes fritos” livro de Fannie Flagg que fala do envelhecimento e da relação de amizade de duas personagens da história, Evelyn e Ninny e da comovente história de Idgie e sua melhor amiga Ruth, envolvendo o preconceito homofóbico existente na década de 30. O livro tem como principal cenário o Estado do Alabama, um dos locais mais pobres dos EUA. Lugar onde a cor da pele era muito importante em qualquer ocasião, onde os negros eram tidos como inferior a qualquer animal, e o preconceito era gigantesco. Ainda bem que não é mais assim, já que o presidente é um negro. Que mudança não?
O quarto livro que também indico é “Hell-Paris-75016” da escritora Lolita Pille que fala sobre a vida de garotas riquíssimas de Paris que vivem em função do consumismo e que terminam entrando no mundo das drogas e jamais encontrando a tão sonhada felicidade.
Três livros muito bons que me ensinaram um pouco sobre a origem da psicanálise e que me fez desejar começar a ler mais sobre os grandes filósofos foi a trilogia de um grande escritor de best-sellers e também psiquiatra Irvim D. Yalom. Não sei se eles formam uma trilogia, chamei de trilogia porque são três livros que tratam de psicanálise e que me fez pensar um pouco sobre o tratamento através dela. São eles: “Quando Nietzche chorou”. Magnífico, onde o próprio filósofo Nietzche - após cem anos de sua morte - torna-se o principal personagem. Relata o início da Psicanálise. Em “O Enigma de Espinosa” o autor retrata a história do filósofo judeu que influenciou uma das maiores mentes nazista – o temido Adolf Hitler. E o terceiro foi “A Cura de Schopenhaue” que é um relato comovente de personagens demasiadamente humanos que no processo de terapia em grupo desnudam suas mentes e seus corações tornando-se mais reais que a própria realidade. Vale a pena ler esses três livros de Irvin D. Yalom.
Hoje, 19 de fevereiro de 2014 comecei a ler “Sorria, você está na Rocinha” cujo autor é Julio Ludemir que faz do romance - que poderia muito bem ser uma reportagem - transitar num universo dominado por “zonas cinzentas”, cheias de ambiguidades, desconfianças, códigos de conduta particularíssimos, verdades incômodas e ingenuidades equivocadas. A chamada “teia de relações” entre a favela e o asfalto tem dubiedades, sutilezas e regras que não cabem em explicações simplistas. Este livro traduz a complexidade desta zona cinzenta, surpreendente, cruel e assustadora.
Nasceu minha netinha Heloísa filha de Juli e André. 16 de Abril de 2014. Estou na casa deles curtindo sua chegada e ajudando nos trabalhos que são muitos. Porém, mesmo nas horas vagas, que são poucas nesse momento, não deixo de fazer também o que mais gosto que é ler. Na vinda para Mogi, ainda no aeroporto, comprei “Para toda a eternidade” mais um livro de Kristin Hannah que vai fazer parte de minha biblioteca. Livro maravilhoso, assim como todos os outros dela que eu também possuo. Fala da verdadeira amizade e de como algumas pessoas esperam a vida inteira por uma relação de amizade eterna, mas, que, mesmo estas, chegam um dia ao fim. Perdemos as pessoas que amamos, no entanto, temos que encontrar uma maneira de seguirmos em frente, de seguir sempre adiante.
Passei dias sem sair de casa cuidando de minha netinha Heloísa junto com a sua mãe. Dias e dias sem nada para ler e sem tempo de procurar uma livraria. Viver sem livros para mim é como viver sem comida, sem água. A leitura me alimenta. Graças a Deus, descobri que a irmã da cunhada de meu genro - complicado não é? - Alessandra Bordinhão é o seu nome; assim como eu, é uma leitora assídua e compulsiva. Imediatamente, entro em contato com ela e eis-me aqui com seis livros maravilhosos pra começar a “devorar” e saciar a minha sede de leitura. Primeiro livro que recebi: “O Castelo de vidro”. Ai que pena! Não vou ler porque já o possuo na minha biblioteca assim como “O Diário de Helga” de Helga Weiss o qual, se o espírito não me engana, também já li. Com certeza lerei “A última grande lição” de Mitch Albom, “Pulmão de Aço” de Eliana Zagui, “O quarto” de Emma Donoghue e “A culpa é das Estrelas” de John Green.
Após ler atentamente a resenha de todos os livros - Heloísa estava dormindo - graças a Deus, optei por começar por “A culpa é das estrelas” e acertei. Bingo. Uma história emocionante envolvendo adolescentes com câncer cuja narradora está em estado terminal de um câncer na tireoide com metástase nos pulmões. Que leitura para quem está cuidando de uma recém-nascida cheia de saúde! Mas vamos em frente. A narradora conta sua própria trajetória e a de seus “colegas” de infortúnio...
Xauxau gente. Preciso sair... Depois eu volto.É bom deixar vcs curiosos.
EU E OS LIVROS
Inesquecível, apaixonante, capaz de nos fazer pensar e chorar. Fiquei tão tocada por esses livros que resolvi reler também - desse mesmo autor e que já fazia parte de minha biblioteca há anos - “O Caçador de Pipas” que dispensa comentários, uma vez que segue a mesma temática de “O Silêncio das Montanhas”, onde todos os grandes temas da literatura e da vida são a matéria com que o autor tece este romance extraordinário: amor, honra, culpa, medo e redenção.
O terceiro livro do ano foi uma releitura do maravilho “Tomates verdes fritos” livro de Fannie Flagg que fala do envelhecimento e da relação de amizade de duas personagens da história, Evelyn e Ninny e da comovente história de Idgie e sua melhor amiga Ruth, envolvendo o preconceito homofóbico existente na década de 30. O livro tem como principal cenário o Estado do Alabama, um dos locais mais pobres dos EUA. Lugar onde a cor da pele era muito importante em qualquer ocasião, onde os negros eram tidos como inferior a qualquer animal, e o preconceito era gigantesco. Ainda bem que não é mais assim, já que o presidente é um negro. Que mudança não?
O quarto livro que também indico é “Hell-Paris-75016” da escritora Lolita Pille que fala sobre a vida de garotas riquíssimas de Paris que vivem em função do consumismo e que terminam entrando no mundo das drogas e jamais encontrando a tão sonhada felicidade.
Três livros muito bons que me ensinaram um pouco sobre a origem da psicanálise e que me fez desejar começar a ler mais sobre os grandes filósofos foi a trilogia de um grande escritor de best-sellers e também psiquiatra Irvim D. Yalom. Não sei se eles formam uma trilogia, chamei de trilogia porque são três livros que tratam de psicanálise e que me fez pensar um pouco sobre o tratamento através dela. São eles: “Quando Nietzche chorou”. Magnífico, onde o próprio filósofo Nietzche - após cem anos de sua morte - torna-se o principal personagem. Relata o início da Psicanálise. Em “O Enigma de Espinosa” o autor retrata a história do filósofo judeu que influenciou uma das maiores mentes nazista – o temido Adolf Hitler. E o terceiro foi “A Cura de Schopenhaue” que é um relato comovente de personagens demasiadamente humanos que no processo de terapia em grupo desnudam suas mentes e seus corações tornando-se mais reais que a própria realidade. Vale a pena ler esses três livros de Irvin D. Yalom.
Hoje, 19 de fevereiro de 2014 comecei a ler “Sorria, você está na Rocinha” cujo autor é Julio Ludemir que faz do romance - que poderia muito bem ser uma reportagem - transitar num universo dominado por “zonas cinzentas”, cheias de ambiguidades, desconfianças, códigos de conduta particularíssimos, verdades incômodas e ingenuidades equivocadas. A chamada “teia de relações” entre a favela e o asfalto tem dubiedades, sutilezas e regras que não cabem em explicações simplistas. Este livro traduz a complexidade desta zona cinzenta, surpreendente, cruel e assustadora.
Nasceu minha netinha Heloísa filha de Juli e André. 16 de Abril de 2014. Estou na casa deles curtindo sua chegada e ajudando nos trabalhos que são muitos. Porém, mesmo nas horas vagas, que são poucas nesse momento, não deixo de fazer também o que mais gosto que é ler. Na vinda para Mogi, ainda no aeroporto, comprei “Para toda a eternidade” mais um livro de Kristin Hannah que vai fazer parte de minha biblioteca. Livro maravilhoso, assim como todos os outros dela que eu também possuo. Fala da verdadeira amizade e de como algumas pessoas esperam a vida inteira por uma relação de amizade eterna, mas, que, mesmo estas, chegam um dia ao fim. Perdemos as pessoas que amamos, no entanto, temos que encontrar uma maneira de seguirmos em frente, de seguir sempre adiante.
Passei dias sem sair de casa cuidando de minha netinha Heloísa junto com a sua mãe. Dias e dias sem nada para ler e sem tempo de procurar uma livraria. Viver sem livros para mim é como viver sem comida, sem água. A leitura me alimenta. Graças a Deus, descobri que a irmã da cunhada de meu genro - complicado não é? - Alessandra Bordinhão é o seu nome; assim como eu, é uma leitora assídua e compulsiva. Imediatamente, entro em contato com ela e eis-me aqui com seis livros maravilhosos pra começar a “devorar” e saciar a minha sede de leitura. Primeiro livro que recebi: “O Castelo de vidro”. Ai que pena! Não vou ler porque já o possuo na minha biblioteca assim como “O Diário de Helga” de Helga Weiss o qual, se o espírito não me engana, também já li. Com certeza lerei “A última grande lição” de Mitch Albom, “Pulmão de Aço” de Eliana Zagui, “O quarto” de Emma Donoghue e “A culpa é das Estrelas” de John Green.
Após ler atentamente a resenha de todos os livros - Heloísa estava dormindo - graças a Deus, optei por começar por “A culpa é das estrelas” e acertei. Bingo. Uma história emocionante envolvendo adolescentes com câncer cuja narradora está em estado terminal de um câncer na tireoide com metástase nos pulmões. Que leitura para quem está cuidando de uma recém-nascida cheia de saúde! Mas vamos em frente. A narradora conta sua própria trajetória e a de seus “colegas” de infortúnio...
Xauxau gente. Preciso sair... Depois eu volto.É bom deixar vcs curiosos.
Olá amigos e amigas que gostam de literatura. A partir de hoje postarei uma sequência de textos que chamarei de EU E OS LIVROS. Falarei sobre a minha ligação com eles, ao mesmo tempo em que vou fazendo pequenas resenhas que servirão, quem sabe, de dicas de leitura para os amantes dos livros. Espero que gostem.
EU E OS LIVROS
Sempre gostei de ler. Desde menina. Gostava de ler gibis. Tio Patinhas, Mônica, Bolinha e toda a sua turma, assim como livros de histórias de príncipes e princesas. Adorava brincadeiras de rua com meninas e com meninos. Brincadeiras de rua mesmo. Peladas de campinhos. Barra bandeira. Mocinho e artista; mas ler era o que eu mais gostava de fazer.
Pré-adolescente, comecei a ler “Folhetins de Romance Moderno” revista da época e “Novelas em quadrinho”. A literatura faz parte de minha vida desde sempre. Até hoje só louca por novelas. Mocinha já, e estudando em colégio de freiras, uma de minhas professoras notou meu interesse pela leitura e me incentivou a gostar ainda mais de ler. Irmã Fabíola era o nome dela - professora de matemática, imaginem só, nada a ver com Letras não é mesmo? Enfim, ela começou a me emprestar livros. Ao perceber que gostei do primeiro não deixou que eu parasse mais. Não me dava trégua. Quando eu devolvia um, ela já vinha com outro na mão como se já houvesse feito uma seleção prévia dos livros que eu leria daí em diante. E eu gostava. Ah! Como eu gostava. De lá para cá foram muitos. Muitos livros eu já li em minha vida. Podem crer.
Quando deixei o colégio e não me beneficiava mais dos seus empréstimos e já casada, recorria às livrarias quando o dinheiro dava – livros sempre foram caros. Mas aí, descobri os “sebos” que se tornaram o meu lugar preferido para catar livros. Uma coisa da qual me arrependo todos os dias é de não ter tido a ideia de fazer uma lista com o nome e o autor de cada um que li. Pelo menos isso eu deveria ter feito. Não vou usar o termo catalogação pois não tinha nem noção do que seria isso. Minha preocupação naquele momento era apenas sentir o prazer de lê-los.
Abrir um novo livro é sempre um momento especial para mim. Sempre acompanhado de um ritual. No momento em que o livro se encontra em minhas mãos, a vontade de começar a lê-lo é imediata. É como se eu estivesse com uma sede ou uma fome sem fim de palavras. Mas nunca deixo de praticar meu ritual que é: abri-lo, cheirá-lo – parece estranho não? – mas é isso mesmo, cheirá-lo, principalmente, se for relativamente velhinho; por que adoro livro com cheirinho de velho. Mania de leitores. Num segundo momento, passo à primeira folha onde só aparece o nome do livro e leio-o mais uma vez. Viro a página, passo à segunda folha e leio quem o revisou, quem o diagramou, se tem ISBN, qual a editora que o publicou, o ano de publicação e o número de páginas. O número de página é muito importante pra mim. Quanto mais volumoso, mais pesado, melhor me apraz. Aí, passo para as orelhas esquerda e direita. Nunca leio um livro sem fazer isso primeiro. Adoro prefácios. Leio a dedicatória, os agradecimentos, enfim, nada fica de fora. Nenhuma letrinha. Leio todas as letras que formam as palavras que vão me deliciar, me encantar e me emocionar naquele livro.
Porque é isso que os livros fazem comigo: me emocionam, me transformam, me enriquecem e me deleitam. Faço todo esse ritual para adiar o começo da leitura porque sei que quando começo a ler a primeira página e o primeiro capítulo vou tomando consciência de que as páginas começarão a diminuir. Então tento ler devagar, saboreando cada palavra e cada frase; sorrindo para mim mesma, às vezes chorando também, quando me identifico com alguma passagem ou com algum personagem e continuo “economizando” ao máximo as palavras na tentativa de a leitura demorar mais e mais até chegar ao capítulo final.
Como lamento quando acaba!
As horas passadas lendo um livro são momentos imprescindíveis na minha vida. Livros são para minha alma como o alimento é para meu corpo. Impossível viver sem eles. Como seria bom se as pessoas se conscientizassem das maravilhas e da importância de se ler um bom livro. Se os pais lessem e desenvolvessem também em seus filhos o gosto pela leitura, tenho certeza de que o mundo seria bem melhor.
Janeiro de 2014, mês de férias e com mais tempo livre, pensei em começar a listar os livros que com certeza vou continuar lendo - até a catarata se apoderar de minhas retinas – e, procurar, na medida do possível, fazer uma reflexão, uma pequena resenha..
O primeiro livro que li naquele ano “Quando você voltar” livro escrito por Kristin Hannah onde ela constrói uma apaixonante história de cumplicidade, heroísmo e, acima de tudo, esperança. O livro conta a história de um casal que não resiste às pressões do dia a dia e veem seu relacionamento de doze anos desmoronar. Tipo de leitura que deve ser lido por todas as pessoas, uma vez que a autora relata um drama pungente, forte, tocante e comovente despertando no leitor emoções fortes, tamanha a riqueza de sentimentos que escapam de suas páginas.
O segundo livro que li foi “O Silêncio das Montanhas” cujo autor Hosseini Kalled - o mesmo do maravilhoso “O Caçador de Pipas,”- conta a história de dois irmãos: Pari e Abdullah, os quais moram em uma aldeia distante de Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando com isso o destino de vários personagens. Segundo o próprio Hosseini, o novo título “fala não somente sobre a minha própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas também sobre a experiência de pessoas que eu conheci, especialmente os refugiados, que voltaram ao Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam amar os personagens de “O silêncio das montanhas”, tanto quanto eu os amo”, palavras do autor. Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo – de Cabul a Paris, de São Francisco à Grécia –, a história se expande tornando-se emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar. Um livro que não pode deixar de ser lido por quem é amante da literatura.
Xauxau . Até o próximo......
EU E OS LIVROS
Sempre gostei de ler. Desde menina. Gostava de ler gibis. Tio Patinhas, Mônica, Bolinha e toda a sua turma, assim como livros de histórias de príncipes e princesas. Adorava brincadeiras de rua com meninas e com meninos. Brincadeiras de rua mesmo. Peladas de campinhos. Barra bandeira. Mocinho e artista; mas ler era o que eu mais gostava de fazer.
Pré-adolescente, comecei a ler “Folhetins de Romance Moderno” revista da época e “Novelas em quadrinho”. A literatura faz parte de minha vida desde sempre. Até hoje só louca por novelas. Mocinha já, e estudando em colégio de freiras, uma de minhas professoras notou meu interesse pela leitura e me incentivou a gostar ainda mais de ler. Irmã Fabíola era o nome dela - professora de matemática, imaginem só, nada a ver com Letras não é mesmo? Enfim, ela começou a me emprestar livros. Ao perceber que gostei do primeiro não deixou que eu parasse mais. Não me dava trégua. Quando eu devolvia um, ela já vinha com outro na mão como se já houvesse feito uma seleção prévia dos livros que eu leria daí em diante. E eu gostava. Ah! Como eu gostava. De lá para cá foram muitos. Muitos livros eu já li em minha vida. Podem crer.
Quando deixei o colégio e não me beneficiava mais dos seus empréstimos e já casada, recorria às livrarias quando o dinheiro dava – livros sempre foram caros. Mas aí, descobri os “sebos” que se tornaram o meu lugar preferido para catar livros. Uma coisa da qual me arrependo todos os dias é de não ter tido a ideia de fazer uma lista com o nome e o autor de cada um que li. Pelo menos isso eu deveria ter feito. Não vou usar o termo catalogação pois não tinha nem noção do que seria isso. Minha preocupação naquele momento era apenas sentir o prazer de lê-los.
Abrir um novo livro é sempre um momento especial para mim. Sempre acompanhado de um ritual. No momento em que o livro se encontra em minhas mãos, a vontade de começar a lê-lo é imediata. É como se eu estivesse com uma sede ou uma fome sem fim de palavras. Mas nunca deixo de praticar meu ritual que é: abri-lo, cheirá-lo – parece estranho não? – mas é isso mesmo, cheirá-lo, principalmente, se for relativamente velhinho; por que adoro livro com cheirinho de velho. Mania de leitores. Num segundo momento, passo à primeira folha onde só aparece o nome do livro e leio-o mais uma vez. Viro a página, passo à segunda folha e leio quem o revisou, quem o diagramou, se tem ISBN, qual a editora que o publicou, o ano de publicação e o número de páginas. O número de página é muito importante pra mim. Quanto mais volumoso, mais pesado, melhor me apraz. Aí, passo para as orelhas esquerda e direita. Nunca leio um livro sem fazer isso primeiro. Adoro prefácios. Leio a dedicatória, os agradecimentos, enfim, nada fica de fora. Nenhuma letrinha. Leio todas as letras que formam as palavras que vão me deliciar, me encantar e me emocionar naquele livro.
Porque é isso que os livros fazem comigo: me emocionam, me transformam, me enriquecem e me deleitam. Faço todo esse ritual para adiar o começo da leitura porque sei que quando começo a ler a primeira página e o primeiro capítulo vou tomando consciência de que as páginas começarão a diminuir. Então tento ler devagar, saboreando cada palavra e cada frase; sorrindo para mim mesma, às vezes chorando também, quando me identifico com alguma passagem ou com algum personagem e continuo “economizando” ao máximo as palavras na tentativa de a leitura demorar mais e mais até chegar ao capítulo final.
Como lamento quando acaba!
As horas passadas lendo um livro são momentos imprescindíveis na minha vida. Livros são para minha alma como o alimento é para meu corpo. Impossível viver sem eles. Como seria bom se as pessoas se conscientizassem das maravilhas e da importância de se ler um bom livro. Se os pais lessem e desenvolvessem também em seus filhos o gosto pela leitura, tenho certeza de que o mundo seria bem melhor.
Janeiro de 2014, mês de férias e com mais tempo livre, pensei em começar a listar os livros que com certeza vou continuar lendo - até a catarata se apoderar de minhas retinas – e, procurar, na medida do possível, fazer uma reflexão, uma pequena resenha..
O primeiro livro que li naquele ano “Quando você voltar” livro escrito por Kristin Hannah onde ela constrói uma apaixonante história de cumplicidade, heroísmo e, acima de tudo, esperança. O livro conta a história de um casal que não resiste às pressões do dia a dia e veem seu relacionamento de doze anos desmoronar. Tipo de leitura que deve ser lido por todas as pessoas, uma vez que a autora relata um drama pungente, forte, tocante e comovente despertando no leitor emoções fortes, tamanha a riqueza de sentimentos que escapam de suas páginas.
O segundo livro que li foi “O Silêncio das Montanhas” cujo autor Hosseini Kalled - o mesmo do maravilhoso “O Caçador de Pipas,”- conta a história de dois irmãos: Pari e Abdullah, os quais moram em uma aldeia distante de Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando com isso o destino de vários personagens. Segundo o próprio Hosseini, o novo título “fala não somente sobre a minha própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas também sobre a experiência de pessoas que eu conheci, especialmente os refugiados, que voltaram ao Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam amar os personagens de “O silêncio das montanhas”, tanto quanto eu os amo”, palavras do autor. Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo – de Cabul a Paris, de São Francisco à Grécia –, a história se expande tornando-se emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar. Um livro que não pode deixar de ser lido por quem é amante da literatura.
Xauxau . Até o próximo......
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Escrever....
Escrever é comprometer-se
Nos próximos dias darei algumas passos para se escrever alguns gêneros textuais.
Aguardem.
A procura.

A PROCURA
E
ra fevereiro, mais ou menos duas horas da tarde. O sol estava alto no céu e o calor da cidade naqueles dias estava insuportável. Precisando respirar um pouco, o porteiro do prédio desceu de sua guarita e ficou olhando a rua que se estendia muito longa como um tapete fervilhando ao sol. Neste momento, ele reparara em duas mocinhas que caminhavam a passos lentos como se estivessem assustadas. Seus trajes eram simples e a maneira de andar olhando para os lados e para cima como a admirar os enormes arranha-céus, denunciavam que não eram meninas acostumadas à cidade grande.
O porteiro tinha razão.
Fazia pouco tempo que elas moravam naquela cidade. Haviam chegado do interior no começo do ano. O porteiro não sabia, mas naquela tarde, as meninas receberam ordens da mãe de procurar escola para si e para todos os outros irmãos. A família era enorme e a mãe muito ocupada com os afazeres da casa não tinha tempo para este tipo de atividade. Como já eram moçinhas, a mãe as incubiu desta tarefa.
O calor era intenso. Elas já haviam andado em todo o bairro e não encontraram nenhuma escola. Do seu posto de observação, o porteiro percebia que elas se sentiam inseguras, caminhavam lentas e apreensivas como se tudo aquilo que vissem fosse realmente novo para elas.
Naquele dia já haviam percorrido várias ruas do bairro à procura de escola. Estavam novamente caminhando mais uma vez pelos arredores quando de repente, pararam em frente a um grande portão e avistaram um enorme pátio cheio de grandes árvores que naquele dia quente e abafado não conseguiam nem balançar suas enormes folhagens. Avistaram também neste pátio alguns brinquedos como escorrego, carrossel, balanços de madeira e outras coisas mais que sempre existem nas escolas. Isto as alegrou enormemente, pois já estavam bastante cansadas. Imediatamente os seus rostos antes apreensivos tornaram-se mais animados, pois finalmente parecia que alcançariam seu objetivo.
O homem do prédio percebeu que imediatamente elas tentaram abrir o portão já bastante velho e um pouco enferrujado. Não conseguiram seu intento. Bateram palmas, chamaram, gritaram, mas não foram ouvidas, uma vez que a enorme casa que parecia ser a escola ficava bem ao fundo do pátio. Tentaram abrir o portão novamente. Não conseguiram da primeira vez. Após algum esforço, na segunda tentativa, as correntes enferrujadas cederam e elas conseguiram entrar no pátio.
Logo que entraram a apreensão tomou conta delas novamente, pois perceberam movimento de pessoas ao fundo. Não tiveram coragem de se aproximar de imediato. Ao fazer um reconhecimento superficial do local o olhar delas começou a perceber os movimentos estranhos das pessoas que se encontravam no parque.
De longe não conseguiam definir se eram crianças, adultos ou jovens. No entanto percebiam que eles não apresentavam muito equilíbrio no andar.
Quanto mais elas iam se aproximando para tomar informações mais percebiam as atitudes estranhas das pessoas que se encontravam no parque. Aquilo começou a preocupar a irmã mais velha que imediatamente pegou na mão da mais nova e começaram a caminhar mais para perto.
Neste momento um dos jovens que tinha um rosto esquisito e um defeito nos pés e nas mãos começou a se aproximar delas duas.
Foi aí que a irmã mais velha caiu em si e compreendeu tudo.
Como estava morrendo de medo, agarrou a mão da mais nova com mais força, deu meia volta e saíram as duas em disparada fazendo o caminho de volta para a saída do pátio com muitos dos jovens da “escola” - no seu correr desajeitado - em seus encalços. A irmã mais nova não compreendia o seu desespero, mas a acompanhava em sua correria desabalada.
O portão não abriu.
De sua guarita, o porteiro não entendia aquele desespero. As meninas que momentos antes pareciam tão calmas, agora corriam desabaladamente mostrando nos rostos um extremo pavor. No entanto, de repente ele entendeu tudo.
E era tarde demais.
Naquele triste começo de uma tarde quente e sufocante, seus olhos foram as únicas testemunhas daquele ato insano. Daquela atrocidade.
As meninas jaziam ensanguentadas na entrada do portão.
clara conta um conto

CLARA CONTA UM CONTO
U
ltimamente, uma das coisas de que ela mais gostava era conversar com sua neta Clara. Ela era uma criança com bastante presença de espírito, rápida em seu raciocínio, ativa, bem-humorada, perspicaz, observadora e sempre tinha uma pergunta ou uma resposta na ponta da língua, o que deixava a todos que conviviam com ela bastante felizes, pois sabiam que ela seria uma pessoa que com certeza teria um futuro brilhante.
Outro dia, sua mãe perguntou se ela poderia dormir na casa dos avós pois ela e o seu marido precisavam sair para um compromisso inadiável. Os avós responderam que sim e que adorariam que Clara dormisse com eles não só naquela como em todas as noites que se fizessem necessárias.
Naquela noite Clara chegou carregando seu travesseiro, seu brinquedo preferido, sua última mamadeira do dia, ou melhor, da noite e eles a receberam com todo carinho. Despediu-se de sua mãe e passou para o quarto onde ficou com os avós assistindo à televisão. Alguns minutos depois seu avô dirigiu-se à cozinha onde consertava um aparelho doméstico qualquer e sua avó ficou com ela deitada na rede. Na televisão passava um capítulo da novela e naquele momento a cena apresentada era a de um casal beijando-se apaixonadamente. A avó percebera que Clara estava como que extasiada olhando aquele beijo.
Então, para quebrar aquele clima perguntou: “Clara, teu pai beija tua mãe”? Ah! Deus! pra que fora fazer aquela pergunta!
Clara virou-se para ela com as sobrancelhas franzidas como se estivesse lembrando alguma coisa e pensativamente, com o dedinho no queixo respondeu assim: “Sabe vovó que eu agora tô me lembrando de uma coisa”?
Ai...ai...ai. Pensou a avó consigo mesma, aí vem coisa.
E ela continuou: “Uma vez eu ouvi do meu quarto uns barulhos estranhos sabe?”
A avó acomodou-se melhor na rede esperando o que viria depois... É agora. Pensou com seus botões.
E aí ela continuou contando com muitos gestos como se fosse uma triz ensaiando uma peça: “ Eu olhei para baixo da cama, olhei para cima, olhei para um lado, olhei para o outro, mas não era nada vovó.” A avó respirou fundo. Mas aí ela continuou.
“Aí me levantei da cama e fui “no quarto de mamãe”.
A essa altura do campeonato a avó já estava tensa esperando pelo final da história. Então a menina parou e olhou a avó de uma maneira que ela quase morre de rir - o que fez com que o seu avô viesse correndo saber o motivo de sua gargalhada - e disse bem faceira:
“Era papai beijando ela.
variação linguítica
UARTA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2011
exemplo típico de variação línguística

Aprenda a dar uma má notícia
- Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.
- Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?
- Ah, eu só tô ligano para visá pro sinhô qui o seu papagai morreu.
- Meu papagaio? Aquele que ganhou o concurso?
- Êle mermo.
- Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas morreu de
que?
- Dicumê carne istragada.
- Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
- Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalos morto.
- Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?
- Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça
dágua!
- Tá louco? Que carroça d'água?
- Prapagá o incêndio!
- Mas que incêndio, meu Deus?
- Na sua casa, uma vela caiu, aí pegô fogo nascurtina!
- Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
- Do velório!
- De quem?
- Da sua mãe! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era
ladrão!
- Meu Deus, que tragédia! - e o homem começa a chorar.
- Peraí sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagai, vai?
Como escrever crônicas
Como escrever crônicas
Características da crônicaa) Textos curtos construídos a partir da observação de fatos do cotidiano ou de experiências vividas pelo cronista.
b) Reflexões, questionamentos sobre a vida e a sociedade.
c) Linguagem simples e coloquial.
d) Literariedade (linguagem literária e uso de imagens)
e) O suporte da crônica são os Jornais e as revistas, podendo ser transformadas em livros.
f) Poucos personagens.
Na sala de aula, o professor que optar pelo gênero crônica deve levar o aluno a ser um bom obsevador do cotidiano, pois na crônica deve-se levar em conta o espaço ( o ambiente) e as atitudes das pessoas. Deve pedir que o aluno diga se há no texto literariedade. ou seja ,mostre na crônica lida as imagens ( as figuras de linguagens presentes no texto).
O professor deve mostrar também como os verbos se apresentam no gênero crônica. Mostrar que eles mudam o tempo de conjugação.
O professor deve também levar o aluno a perceber se no texto há referência a outros ou seja , se há intertextualidade. Perceber o tom da crônica:irônoico, humorístico etc.
erfil

Perfil
Eu não tinha esse semblante
Assim triste. Melancólico.
Saudoso.
A minha vida transcorria
Serena e calma
Como o entardecer no campo.
Eu não tinha esse jeito agressivo.
Esses rompantes.
Essa rebeldia.
Acho que a vida está me deixando assim:
Como um mar bravio
Em noite de tempestade.
Em que estrada sinuosa
Da vida se perdeu
Meu outro eu?
:
Era Moderna
Era Moderna
Não
é à toa que chamamos a nossa era de Era Moderna pois a evolução dos tempos pode ser notada em
todas as áreas; na medicina, na informática, na astronomia e principalmente nas
áreas tecnológicas. Este avanço da tecnologia pode ser percebido nas menores
coisas. As pessoas que vivem o Século XXI, sem sombra de dúvidas se surpreendem o todo o momento. O fato que
vou contar agora se enquadra num destes momentos de surpresa.
Entrando numa loja de departamentos, de
repente, ela se deparou com uma cena engraçada, ao mesmo tempo surpreendente
e por que não dizer há muito esperada por ela. Pois não é gente, que já estão
vendendo “bunda” ! É verdade, “bunda”. Não ria caro leitor, pois é isto mesmo.
A coisa toda foi assim: Ao entrar na loja, uma das coisas que chamou sua atenção
foi uma “arara” cheia de bundas, uma atrás da outra, por ordem de tamanho. Aquilo
a surpreendeu e alegrou extremamente, uma vez que há muito tempo vinha sonhando
em fazer uso de mais uma tecnologia do Século XXI, que é a prótese de um siliconizinho
básico, nessa área tão preocupante para a maioria das mulheres com mais de 40.
Então, não pensou duas vezes. Chegou para a moça do vestuário e perguntou se
era possível provar a tão desejada peça. A tristeza foi saber que não poderia a peça. Aquilo a enraiveceu e respondeu para a
atendente – “Como não posso prová-la? Como saber se a “bunda” vai mesmo ficar
bem em mim ou não?”. Ela respondeu que comprasse a peça e se não gostasse trocaria por outra
mercadoria.
Ficou em dúvida. “Compro ou não compro
eis a questão”!
Saiu. Em outra loja, encontrou uma velha
amiga e contou-lhe aos risos toda a história. Ambas caíram na risada e
resolveram voltar à loja, pois talvez a amiga comprasse uma bunda também para
ela..
Sua velha amiga, quase teve um ataque de riso diante
da visão das várias “bundas” penduradas nas araras por que era realmente uma
coisa muito engraçada e por que não dizer patética, de se ver. Decidimos então, comprar as “bundas, e provar
na outra loja. Na hora de pagar, antes de chegarem ao caixa, tiveram que dar
meia volta. Pararam estarrecidas e surpresas. Dois homens no caixa! Coisa singular!
Homens na Marisa? Coisa difícil de se ver uma vez que a loja é exclusivamente
feminina. Esperaram que eles se retirassem para que não percebessem a mercadoria “incomum” que levavam na
s mãos como
um troféu.. Quando eles saíram, pagaram e foram rápidas provar na loja da
amiga. Agora, era tudo ou nada. Gente! Pois não é que a “bunda nova” era uma
maravilha! Cumpria todos os requisitos que prometia na propaganda, isto é, um
bumbum levantado e durinho, como já disse antes, sonho de toda mulher maior de
40. É claro que decidimos ficar com as “bundas”, por que não, era um acessório
como outro qualquer. Era ou não era?. Finalmente, rimos muito e já saímos da
loja, usando nossas “bundas novas”.
É isso aí, será que resta a menor
dúvida, que durante este século ainda vamos nos surpreender com as novas
tecnologias que certamente surgirão? É claro que não. Só o que nos resta é
aproveitar e sermos felizes.
Valéria
Vanda Xavier
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