A questão de gênero é assunto importante em
qualquer lugar do mundo. Faz-se necessário planejar e sonhar um mundo diferente
e mais justo onde homens e mulheres sejam felizes e mais autênticos consigo
mesmos. Filhos e filhas devem ser criados de maneiras diferentes, mas com
direitos e deveres iguais. Vai ser difícil? Vai. Mas não será impossível. Às
meninas não devemos ensinar a “se diminuírem,” a se “encolherem” diante dos
meninos. Não cabe mais dizer que o sucesso da mulher vai “emascular” o seu
homem, o seu marido.
É
engraçado falar de igualdade de gêneros. Será que já existe essa falada
igualdade.de gênero? Será que ela funciona em nosso país? “Lugar de mulher é onde ela quiser.” Alguém já ouviu essa frase? Parece que estou ouvindo você aí me
respondendo. Já. Claro que sim.
E você
concorda com essa frase leitor ou leitora? Que homens e mulheres devem ter
direitos e deveres iguais? Pois então, essa seria a base para a construção de
uma sociedade livre de preconceitos e discriminações. Mas será que essa igualdade
tão desejada pelas mulheres desde as décadas de 20 e 30 quando lutavam por
direito ao voto já foi alcançada em sua totalidade? Ou seja: a igualdade social
entre homens e mulheres; a sexualidade e a saúde da mulher que entraram em pauta
nas discussões políticas em 1970 estarão sendo respeitadas?
A luta por
essa igualdade de gênero foi a grande marca para se constituir O Dia Internacional da mulher. Um dia instituído em homenagem às 130 mulheres
que morreram queimadas na fábrica em que trabalhavam num ato totalmente
desumano por reivindicarem melhores condições de trabalho, melhores salários e
um tratamento digno. Que triste! As desigualdades entre os gêneros são vistas a toda hora nas mínimas
coisas e situações do cotidiano. Ainda.
A começar
pela família, quando se espera que as meninas e mulheres se encarreguem das
tarefas domésticas enquanto os homens veem televisão, leem jornal ou apenas
descansam. Não é verdade?
Mas isto
precisa mudar. Já se pode ver a
dissolução de valores antes tão arraigados na sociedade. A mulher está se
libertando em diversos aspectos e agora o homem é que tem que acompanhar seu
ritmo. Muita coisa já foi combatida e está mais do que na hora de se renovar as
conquistas adquiridas pelas mulheres para que a sociedade possa evoluir. Mas
acredito que essas conquistas serão pouco a pouco concedidas, pois ainda é
recente tudo que vem acontecendo nos avanços em nossa sociedade
Um dia
chegaremos lá? Quem sabe?
Homens e mulheres devem ser livres
para fazer as suas escolhas e desenvolver as suas capacidades pessoais sem
interferências ou limitação e estereótipos. O aspecto profissional é apenas um
exemplo dos muitos existentes e que fazem com que o abismo da desigualdade
entre os gêneros continue enorme. Pobre de nós que moramos no Brasil – país com
a maior desigualdade entre os gêneros; onde a capacidade da mulher é
questionada pelos homens levando-as a terem um salário muito inferior a eles,
mesmo desempenhando papeis similares.
Este
posicionamento faz com que uma grande parte das mulheres evite posições de
liderança por se acharem incapazes de conciliar as tarefas de casa com as do
trabalho e, muitas vezes, abrem mão até de promoções por acharem que seria
muito estressante a conciliação entre o profissional e o pessoal. Infelizmente,
esta luta parece não ter fim. Falta muito para se desconstruir a visão
preconceituosa e estereotipada que está entranhada na nossa sociedade. Porém acredito que à mulher sempre caberá a
função de ser mãe e muitas funções nunca deixarão de ser femininas pois é
inerente a nós; são características próprias do nosso sexo, assim como, a
sensibilidade, o instinto, o zelo, o carinho e o amor.
A mulher
jamais deveria sofrer exclusão por ser mulher. Deverá sim, parar de se
desculpar por ser feminina e exigir ser respeitada por sua feminilidade, por
gostar de falar de política, de história, de novelas, por dar boas gargalhadas,
por ser produtiva, por gostar de salto alto, por variar de batons e por ser
feliz.

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